Viridis
Este primeiro livro da série Viridis foi também o primeiro livro de Steampunk que li (exceptuando um par de contos).A escrita da autora mostra um bom trabalho e leva a que o leitor facilmente entre dentro de uma Londres vitoriana onde as aparências são o que importa mais. As mulheres de corpete e saias longas deviam ser submissas aos homens que seriam o cérebro e sustento da casa. No entanto a nossa personagem principal, Phoebe Hughes limita-se a usar os corpetes, tudo o resto "goes to hell". Perita em usar várias ervas e plantas, cria uma bebida afrodisíaca que torna o ser humano tão sensível que é quase possível atingir o orgasmo com apenas um beijo.Como se não bastasse ser proprietária de um espaço nocturno a que deu o nome da sua bebida, Viridis, a senhorita Phoebe tem também uma relação pouco ortodoxa com Seth Elliott, uma mente brilhante que cria "engenhocas" muito importantes para a Causa.Este podia ser um simples romance ou agora era aquela altura em que eu dizia: "ena pá tem um lobisomem muito bom" mas não. Temos mortos mas não são zombies.Calista Taylor não aderiu à moda do fantástico, tendo optado por criar um policial que deixa o leitor viciado nas suas palavras para ficar espantado com um final inesperado.Temos personagens bem definidas e os seus passados são bem explicados ao longo da história sem ser usado um discurso óbvio e aborrecido. Phoebe é uma mulher forte e independente, que sabe o que quer e como lá chegar independentemente do que os outros pensam, o que quebra um pouco com a ideia de como a mulher se deveria comportar naquela época.Não creio que seja um livro para todos os gostos, mas na minha opinião é um bom policial, repleto de mistério e suspense.Uma coisa boa que ao mesmo tempo é má é que é um livro da kindle store que é gratuito, por isso é bom para quem tem kindle (ou a aplicação) e chato para quem tem alergia a estas novas tecnologias.