Uma carta aos doutores da verdade
Caros senhores doutores da verdade,
Vivo num país livre, vivo numa democracia. No entanto algumas pessoas acham que são donas da verdade absoluta e que mandam no que os outros devem pensar e dizer. Agradecem sempre as nossas opiniões mas agradecem também que seja pedida permissão antes de as dizer publicamente.
Hoje, após partilhar uma capa de uma editora, no meu perfil pessoal, com um post que dizia que as pessoas deviam enviar candidaturas espontâneas para o lugar de designer das capas, aconteceu algo interessante. A mesma editora enviou-me uma mensagem privada a dizer que eu estava a difamá-los e que deveria retirar o post. Educadamente disse que não. É a minha conta pessoal e sou livre de expressar as minhas opiniões.
Foi-me então explicado que a minha opinião é inválida já que deveria primeiro perguntar e depois tecer comentários (algo que fiz. Tinha perguntado se aquela era capa). Foi então explicado também que o caso seria entregue aos advogados da empresa caso eu não removesse o post.
Bem, não é a primeira vez que levo com malta assim. Só acho interessante quando são os pequenos que pouco ou nada importam ao mundo que se ralam imenso quando eu de forma estruturada e fundamentada faço uma crítica no meu espaço pessoal.
Devo ser super importante na vida destas pessoas para me darem tanto crédito assim, tanto ao ponto de perderem tempo a censurar as opiniões dos outros só porque não lhes batem palmas.
Não me interessa se são uma pequena editora se são os maiores do mundo, se são portugueses, brasileiros ou chineses. Eu faço os meus comentários de forma fundamentada e conhecendo bem os trabalhos realizados tanto em Portugal como fora. Se vocês têm problemas em receber críticas então estão no ramo errado ou então estão mal habituados. Isto é a vida real, não é a vossa mãe a dizer que tudo é uma obra de arte.
Acredito que cada um é livre de expressar as suas opiniões e desde que sejam fundamentadas devem ser vistas como uma forma de aprender um pouco mais e crescer. Quando não é possível ter uma conversa racional, inteligente e educada então têm problemas maiores do que apenas não ouvir as verdades...
Lamento imenso ser uma pedra no vosso sapato.
Atenciosamente,
A gaja que não se cala.