Uma aventura com a Rodoviária
Esta semana tive de ir a dois seminários na faculdade. A vontade era pouca e o tempo escasso mas lá me organizei para tirar umas horas e ir mostrar aos professores que estou viva e de boa saúde.
Como não tenho carro tenho de gramar com os transportes públicos de que sempre fui defensora por serem práticos, existirem a toda a hora, sair mais barato que um carro... Cheguei àquele momento em que ter carro, provavelmente me sai mais barato. No entanto ainda não há dinheiro para um (pôr na lista de compras) e por isso lá tenho eu de apanhar autocarros que aparecem quando aparecerem... é tãaaaaaaaaao divertidoooo!
Na quarta-feira fui para a paragem uma hora e dez minutos antes da aula e estive meia hora à espera de um autocarro da rodoviária que fosse para o Campo Grande ou para Odivelas. Passaram quatro da Barraqueiro, dois da Isidoro e dois para o Oriente, aqueles que (um dia) foram os que existiam em maior número nem vê-los. Quando finalmente chegou um autocarro era aquele que dava a volta maior mas não havia outra solução e lá fui eu. Ao sentar-me vejo o outro que eu queria a chegar... duas paragens depois troquei de autocarro. Tanto um como outro cheios de gente e mais pareciam latas de sardinhas. Para meu azar o condutor do segundo devia ter acabado de ver o Fast and Furious e andava a praticar com o autocarro. Estou habituada a condutores doidos, principalmente motoristas da Rodoviária, no entanto a última coisa que se deve fazer é travar de forma brusca com um autocarro cheio de gente... Só senti as minhas mãos a escapar e a tentar agarrar-me a alguma coisa enquanto caía para a frente... o que estava à minha frente? Uma loira! que levou comigo em cima de forma pouco meiga e fofa. Não sei quem ela é mas um muito obrigado porque se não estivesse ali naquele momento tinha ido contra algo bem mais duro como o chão ou o vidro do autocarro. E isso sim ia aleijar-me à grande.