Olho para o céu e vejo, Os meus pais nos dois grandes astros Olho para as estrelas e vejo Sonhos, vejo almas, vejo deuses Que me guardam noite e dia O meu pobre e pequeno coração Que bate intensamente na esperança de me ver junto a Hades Numa doce frieza que me adoçaria a vida eternamente. Alexandra Rolo
Quando me olho ao espelho vejo dois reflexos Luz? Escuridão? Sou duas e sou uma Sou o amor e o ódio sou a paz e a guerra Sou o bem e o mal A doçura e a amargura. A vida e a morte ambos dentro do meu frio peito que já há muito parou de ter um bater tão certo como o de um relógio. Quando olhas para mim com esses teus olhos e voltas a deixar-me dividida suspiro eternamente por uma frieza que insiste em me deixar quente... Alexandra Rolo
Fecho os olhos e vejo. Vejo uma menina assustada no meio de um deserto Vejo uma jovem perdida no meio de uma floresta Vejo uma mulher decidida numa praia. Uma mulher de longos cabelos ondulados com a cor do luar vestida amor nos seus olhos e braços abertos para me receber. Uma quente frieza a rodeava. A morte respirava. A noite era o seu mundo. Acordo e levanto-me, olho-me ao espelho e vejo aquela mulher. Sou eu a menina assustada, encontrada pela jovem perdida, recebida pela mulher (...)