Numa época em que todos parecem fazer os funerais às livrarias aparece um novo projecto: a livraria Good Books.
Esta equipa aposta em grande no online para fazer chegar as novidades aos bookworms deste país e lentamente tem conquistado a atenção do pessoal.
Foi após assistir a um live stream com o mesmo nome aqui deste meu estaminé que fiquei curiosa por saber mais, afinal de contas sou uma bookworm assumida e gosto sempre de estar a par do universo literário português apesar de não ser tão activa como antes.
Como percebi que a malta da Good Books é boa onda e acessível decidi fazer-lhes algumas perguntas para que também vocês as conheçam e quem sabe podem até ficar curiosos em participar nas suas actividades, como por exemplo: o Clube de leitura.
1- Como surgiu a livraria?
A história da Livraria nasce de um sonho em comum. A livreira Ana Ivo, que trabalhou na área da Saúde durante 30 anos, tinha este sonho há muito tempo, mas nunca tinha encontrado alguém com quem partilhar este projeto. A livreira Ana Teresa é uma devoradora de livros desde que se lembra; viveu sempre com o nariz no meio dos livros. Em casa, vivemos rodeadas de livros. A livraria espelha o que somos, ou jamais seria o que é hoje em dia. Para nós, não é um emprego, é uma expansão daquilo que somos todos os dias.
2- Como surgiu a ideia de criar esta série de live streams com autores? Em novembro de 2019, tivemos o privilégio de poder fazer parte do NaNoWriMo: a livraria foi o local escolhido para os write-ins, onde todos os sábados à tarde a comunidade do NaNoWriMo se juntava para escrever. Foi aí que tivemos a noção de que a comunidade livrólica anseia por conhecer quem anda a escrever em Portugal. Existe muito o estigma de que o nosso país não tem autores portugueses, ou que não são publicados. O “Folha em Branco” foi a solução encontrada para colmatar este estigma e uma forma de dar a conhecer alguns autores portugueses.
3- Parece existir uma preocupação em encontrar jovens talentos, como é feita a selecção e triagem no meio de uma comunidade tão activa em Portugal? A escolha do painel de autores foi relativamente simples: decidimos escolher autores portugueses que têm os seus livros à venda na livraria. Também decidimos dar um pouco de continuidade à união que se criou durante o NaNoWriMo em 2019, é por isso que temos dois lives com a presença de Leonor Ferrão, ML de Lisboa, que esteve presente em todos os eventos do NaNoWriMo na livraria.
4- Quais são os planos para o futuro deste projecto, nomeadamente quando voltarmos às nossas rotinas e vidas normais? Quando decidimos criar o “Folha em Branco”, tínhamos em mente que seria só durante o mês de maio, mas o feedback tem sido tão fantástico que já estamos com algumas ideias para dar continuidade ao projeto. Falaremos sempre com autores portugueses, mas também falaremos de escrita e do mercado editorial em Portugal. Gostaríamos que as pessoas se lembrassem do “Folha em Branco” como uma hora dedicada ao que é nacional e bom.
Curiosos para conhecer melhor este projecto e todas as actividades que organizam? Podem saber tudo visitando o site, facebook e instagram.
Como tantas outras pessoas que estão em casa, estou agora a ocupar um pouco mais de espaço do que é habitual.
Não me sinto gorda mas tenho ali uns calções que discordam daquilo que vejo ao espelho (e não, não encolheram). A balança também discorda e diz que o primeiro dígito é um 7. A fita métrica também confirma o aumento de espaço que ocupo... Oops. Não como mais do que é habitual e até vou fazendo mais exercício do que fazia (apesar de nestas últimas 3 semanas não estar a fazer todos os dias).
Também não como mais porcarias do que é habitual... mas ando menos. Apesar de no escritório também estar de traseiro sentado o dia todo ainda tinha de me mexer para lá chegar e agora no máximo ando do quarto para o atelier.
Com o levantamento das restrições já fomos dar um passeio aqui perto mas não foi grande coisa. Temos claramente de começar a andar mais e a esticar as pernas.
Hoje até me levantei mais cedo para fazer exercício e consegui fazer mas a ansiedade tem andado a pregar umas partidas e não consigo puxar muito por mim que fico com dores no peito. Ainda assim é um bom começo. Já que ainda estou em casa consigo encaixar o exercício no início do dia em vez de o deixar para o fim.
Quando ia ao ginásio também preferia ir logo de manhã antes de ir para o escritório e até me ajudava a acordar.
Andar a fazer algumas asneiras alimentares também não ajudou mas já estou de volta à minha dieta habitual. Por isso agora é começar a longa e penosa caminhada para perder estas graminhas (kgs) que vieram ajudar-me a aquecer...
Corpo de praia? Deixem-lá isso para quem curte ir torrar ao sol, eu prefiro mil vezes fazer um pic nic à sombra e dormir a sesta ou uma boa tarde de jogos em casa. Mas este fim-de-semana estou a planear fazer uma pequena grande caminhada... a ver como corre.
Os últimos dias foram longos, entre trabalho e projectos tenho conseguido manter-me ocupada, às vezes até demais.
Continuo a trabalhar a partir de casa e a necessidade de sair começa a notar-se (assim mesmo mesmo mesmo muito). Até eu que adoro estar em casa estou a sentir os efeitos das restrições que temos tido.
Mas na televisão dizem para sairmos e que temos de começar a voltar ao normal. E eu vou à rua dar um passeio curto e vejo pessoas aos molhos sem máscaras. Sentadas em grupinhos a apanhar sol ou a ver os miúdos a correr... Vejo muitas pessoas que não ligam a medidas de segurança tão simples como usar uma máscara.
Por outro lado conheço pessoas com tanto medo de sair que assusta.
As coisas têm de voltar ao normal. Não podemos continuar eternamente à espera que o vírus morra ou nunca mais vamos sair das nossas casas.
É um dilema estranho que não sei bem como responder.
Ficar em casa ou sair?
Será seguro ir aos shoppings? Qual será o futuro das pessoas que trabalham nas lojas se o número de clientes continuar a ser reduzido? E dos cafés e restaurantes?
Devemos ficar com medo de sofrer uma segunda vaga e por isso continuar a ter a vida on hold?
Este fim-de-semana vi os meus amigos ao vivo pela primeira vez em mais de dois meses. Ficámos todos em casa a jogar mas o convívio soube bem. Foi quase estranho voltar a ter pessoas em casa e uma mesa cheia de pratos e copos...
E assim continuamos em casa, a sair pouco...
Conclusão deste post? Olhem também não sei qual é...
Esta semana recuperei uma pequena dose de normalidade... ao fim de dois meses a usar soutiens de desporto e leggings ou calções, vesti-me como uma menina crescida, peguei na minha máscara e fui trabalhar...
Ok eu trabalho na mesma mas fui em trabalho fazer uma cena. Saí com 3 horas de antecedência de casa para afinal demorar menos de uma hora a chegar. Tinha tanto medo de chegar atrasada que cheguei tão cedo que tive de ficar a olhar para o boneco durante um bom bocado (antes adiantada que atrasada).
Tenho lido montes de relatos dos transportes públicos e de pessoas sem cuidado, mas não vivi isso. Todos tinham cuidado para se sentar o mais longe possível das outras pessoas, no comboio e metro todos tinham máscara e apesar de não ver a polícia em todo o lado vi mais do que era habitual antes de todo este caos.
Foi estranho conseguir voltar em plena hora de ponta de traseiro sentado e nem senti atrasos nos transportes.
Foi uma pequena dose de normalidade nesta altura tão estranha que vivemos.
A colecção de livros dedicados ao cosplay continua a crescer cá em casa e desta vez encomendámos três livros da Kamui cosplay.
São edições de autor mas muito bem organizadas. Cada livro aborda um tópico diferente.
- The book of Foam Props: Lightweight and affordable
- The book of Prop Making wigh Foam and Worbla
- The book of Cosplay sewing starting from zero
Sim, na foto estão a ver bem, enviaram-nos uma folhinha de papel higiénico além de dois stickers super fofinhos e os seus habituais cartões.
Estas são as nossas novas aquisições para a prateleira de livrinhos que em breve vamos ter na nossa sala e que iremos (obviamente) começar a ler para ver como podemos aplicar estas dicas nos nossos projectos futuros.
Se quiserem ver mais alguns detalhes é só cuscar o vídeo que coloquei no meu canal de youtube ;)
Pronto, e chegou o dia da Mãe e cá estou eu impedida de ir visitá-la e dar um miminho pessoalmente.
O Estado de Emergência foi ao ar mas continuamos a ter de estar em isolamento.
Vou ligar-lhe daqui a pouco e dar um beijinho. Ela percebe que a situação é excepcional mas não deixa de lhe custar não ver os filhos já que é hábito.
Por isso neste dia peço uma vez mais a todos os que estão a ler este post. Tenham cuidado, usem máscara. Se não fizermos este esforço isto nunca mais acaba e vamos continuar a ter de estar separados das nossas famílias e amigos.