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Folha em Branco

Folha em Branco

Qui | 10.09.15

Tenho vergonha...

A cada dia que passa tenho mais vergonha de dizer que partilho a mesma nacionalidade que umas certas pessoas (ainda me questiono se posso chamar pessoas).

Porque não bastava valores mais altos, altamente nacionalistas e a favor de todos os pobres (nada contra, apenas condeno que seja APENAS nestas alturas) agora organizam-se manifestações contra a vinda dos refugiados para Portugal.

 

Aparentemente a CML aceitou esta demonstração de (inserir palavra aqui) por parte de seres vivos (não me apetece dizer que são pessoas). Gosto de salientar ali o terceiro sublinhado que indica que estão a criar meios de "continuar a propagar". Ora bem, isto mostra que a xenofobia e preconceito são contagiosos? Espero que não, que estou muito bem assim.

Ao ver melhor o "evento" leio o seguinte post:

 Vamos por partes (e por ordem) ok?

- têm tido queixas de que o grupo incita ao ódio e xenofobia. Epá a sério? Estou chocada com esta afirmação. Para informação: também fiz report.

- Precisam de polícia para o caso de distúrbios de pessoas mal intencionadas? Estão a gozar com a minha carinha fofa? Mal intencionados são vocês que querem recusar um bocado de oxigénio a quem sofre...

- Não são racistas nem xenófobos e mostram isso utilizando sílmbolos nacionalistas... mais vale pintar cartazes a dizer "se não nasceste cá baza para a tua terra".

- Vão representar as preocupações relativas à entrada de pessoas "fora" dos costumes portugueses. Epá mas isso resolve-se bem. Pegamos em vocês, claros exemplos do mais puro nacionalismo, e vão ser formadores. Já imagino os pontos da formação:

1. Novelas da noite

2. Falar sobre futebol

3. Imperiais e tremoços

4. Ignorar todas as fontes de informação e consumir lixo de grupos manhosos no facebook

5. Bater com a cabeça na parede até ficar com danos permanentes e assim juntarem-se à nossa causa.

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É que já não há mais nada para ver... Quando vejo argumentos que não o são...Vamos morrer, ser violados, rezar cinco vezes ao dia... os meus pais não me conseguiram manter na missa todos os santos domingos e eram eles que me punham a comida na mesa... vocês que ouvem música estrangeira e vestem marcas que são tudo menos portuguesas querem agora vir dizer que estão muito preocupados com os de cá?

Quantas vezes vão ajudar os sem abrigo? Quantos de vocês são voluntários? Quantos de vocês faz doações para caridade? Quantos de vocês sabe sequer onde é a instituição mais próxima de vossas casas?

Vocês que não percebem um cu do que raio andam para aí a vomitar falam do que não sabem, do que não percebem e invocam valores que não têm.

Ganhem vergonha na cara e ao menos façam voluntariado para poder mandar postas de pescada.

Tenho vergonha de partilhar a mesma nacionalidade e por isso hoje declaro aqui que não sou portuguesa! Não sou. Não quero partilhar esse laço com tanta gente triste, mesquinha, falsa, oportunista, ... (podia continuar mais uns tempos). Sou uma cidadã do mundo (e vá estou a controlar-me para não declarar que venho da Lua) e como cidadã do mundo vos digo: espero que nunca venham a ter de sofrer um terço do que esta gente sofre.

Ter | 08.09.15

Tenho medo...

Foto: Unicef / NYHQ2015-2071/Georgiev

 

Durante estes últimos dias ando triste...

Sempre me orgulhei de dizer que pertenço a um país de pessoas que por muito pouco que tivessem arranjavam sempre forma de dar um bocadinho.
No entanto tenho visto que esta caridade ocorre duas vezes ao ano: Natal e Páscoa. Poucos se lembram dos sem abrigo fora da época em que o Banco Alimentar faz as recolhas de alimentos.
No entanto agora levantam-se as vozes... as vozes dos que nada fazem para ajudar os sem abrigo a usá-los como escudo para se recusar ajuda a quem foge de uma guerra. Invocando supostos valores religiosos... dizendo que vão violar as mulheres e crianças e matar indiscriminadamente...
É nestas alturas que vejo a falta que faz um bom livro na educação... é nestas alturas que vejo a falta de cultura do meu país pequenino e sossegadinho. É nestas alturas que perco a esperança na humanidade e já nem as poucas almas boas compensam as atrocidades que leio, todos os dias, várias vezes ao dia.
Não posso dar dinheiro, não posso acolher ninguém em minha casa mas faço intenções de ajudar quando começar a recolha de bens de primeira necessidade. Já ajudo os meus dessa forma, não vou negar a quem foge de um país em guerra.
Vejo tanta gente a queixar-se que estes refugiados têm bons computadores e bons telemóveis. E? Vocês sabem o nível de vida que estas pessoas tinham? Qual é a desculpa dos muitos desempregados para manter telemóveis topo de gama? Aí não dizem nada? Não reclamam? Não apregoam que deviam trocar para coisas mais baratas e vender o que têm para ajudar a pôr comida na mesa? Quantos portugueses temos a viver de apoios do Estado quando não precisam? Quantos portugueses temos a pedir o RSI e afinal trabalham sem contrato e não fazem os seus descontos? Já imaginaram os milhares de Euros que podiam ser assim canalizados para quem de facto precisam?
Quantos desempregados andam aí a recusar trabalhos porque não acham que são bons o suficiente ou que não têm jeito para a coisa?
Mas não, nisso não pensam. Preferem direccionar o ódio para os refugiados.
Quantos dos que acham que devíamos de mandar esta gente toda para a terra deles já sofreu o que eles estão a sofrer? Se fossem vocês com os vossos filhos nos braços não tentariam procurar abrigo num lugar bem longe e pacífico? Eu faria o mesmo que eles. Fugia, procurava ajuda num outro país, tentava salvar a minha família mesmo que tivesse de dar tudo o que tivesse.
Dizer que um muçulmano é um bombista suicida só porque uma pequena parte é, é o mesmo que dizer que todos os alemães são nazis...
Leiam, aprendam qualquer coisa, eduquem-se. Estudem história, estudem religião, estudem um pouco de política e sociologia. Eduquem-se para quebrar esses muros de ignorância que colocaram à vossa volta...
Tenho medo, admito que tenho muito medo. Não por ter refugiados a chegar ao meu país... tenho medo porque a humanidade chegou a este ponto. Tenho medo porque vejo que alguns pensam que têm mais direitos que outros... Tenho medo porque o preconceito mata...

Seg | 07.09.15

Instaweek #124

Semana de loucos e esta não vais er melhor...

O tempo hoje é curto e por isso bora lá despanhar isto :p

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1. Técnicon \2. ouchie... demasiado tempo ao pc... \3. nyu confusa enquanto lhe fazem festinhas \4. Lucy com cara de má \5. Uma tarde de trabalho em Lisboa \6. Plataforma de Apoio aos Refugiados... não podemos ignorar! \7. Abóboras na Aldeia da roupa Branca \8. Jantar em família na Aldeia da Roupa Branca

 

Sex | 04.09.15

PAR - Plataforma de Apoio aos Refugiados

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Foi hoje lançada a PAR - Plataforma de Apoio aos Refugiados. Um passo grande e muito importante para se poder prestar ajuda a quem está a passar por momentos que espero nunca viver na minha vida.

Se querem ajudar de alguma forma, o site disponibiliza todas as informações necessárias.

http://www.refugiados.pt/

Podem também acompanhar a PAR no facebook e saber as novidades desta plataforma.

 

Vamos ajudar quem mais precisa :)

Qua | 02.09.15

Prometheus: Fire and Stone (Fire and Stone #1)

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 Prometheus - Fire and Stone
Paul tobin e Juan Ferreyra
goodreads

Depois da banhada que foi o filme com o nome Prometheus tinha medo de ler esta banda desenhada. No entanto a experiência foi bem diferente. Interessante e com personagens que dava gosto acompanhar, é algo que aconselho. Fiquei curiosa para saber um pouco mais.

Se são fãs de ALIEN e têm saudades, aqui está uma forma porreira de passar o tempo.

Ter | 01.09.15

Succubus Blues (Georgina Kincaid #1)

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 Título: Succubus Blues
Série: Georgina Kinkaid #1
Autora: Richelle Mead
Goodreads

E voltei a pegar num livro de Richelle Mead! Succubuc Blues é um romance leve e divertido de ler. O ideal para quem sofre de dias longos e esgotantes e apenas quer parar um pouco e arrefecer os neurónios.

Esta história leva-nos a conhecer Georgina, uma succubus que não parece gostar muito de o ser e que vê a sua situação como um emprego que tem de aturar. Com o avançar percebemos que o seu passado foi bastante atribulado e começamos então a compreender algumas das suas atitudes. Acaba por se ver no meio de uma confusão da qual não era sequer responsável ou culpada.

Foi uma boa variação depois de Vampire Academy e quero ler mais desta autora em breve.

Pág. 3/3