Eu tenho graves problemas para comprar roupa. Não quero comprar calças, quero vestidos ou saias mas não gosto dos cortes da maior parte das coisas que vejo nas lojas. Hoje, ainda com uma prenda de anos nas mãos, decidi cuscar umas lojas e procurar uma saia de que gostasse. Encontrei-a em duas lojas: na Zara e na Bershka. Na primeira o tecido era o que eu queria mas o tamanho era o S. Problema: não sou gorda mas também não sou assim tão magra. Lá ficou a saia. Na segunda (nem sei porque raio lá entro) o tecido era tão bom que ao fim da primeira lavagem aquilo ia deixar de ser preto. Assim vagueei sem rumo pelo Shopping até que entrei na única loja que me dá algum conforto (ocasionalmente) e de lá saí com um saco...
Às vezes tropeço assim numa crónica humurística do P3 e, por norma, começo a rir. Não sei quais são os critérios daquelas pessoas para escolher o convidado mas devem estar relacionadas com futuras carreiras na área da comédia. Desta vez temos o senhor Jorge Palinhos a reflectir sobre o NaNoWriMo (quem ainda não souber o que é procure em posts anteriores porque é coisa que não falta neste blog).
«O evento minimiza, na verdade, a literatura à sua quantificação numérica e reduz a escrita ao acto mecânico, sendo indiferente à reflexão prévia e revisão posterior que escrever implica, e ao diálogo cultural e artístico que a literatura séria procura estabelecer»
Caro Jorge Palinhos. Estimo muito a sua escrita que nunca li e as suas aulas a que nunca assisti. Acredito piamente que seja muito bom naquilo que faz mas agradecia carinhosamente que não desse bitaites sobre o NaNoWriMo. Sim o objectivo é escrever 50 mil palavras em 30 dias, sim a maior parte desses textos não prestam sequer para acender uma lareira MAS são exercícios de escrita. Diga-me lá, quando andava na faculdade, em quantas horas escrevia um trabalho? Ou quantos dias demorou a escrever o seu livro? (escreveu algum certo? é que não me apetece ir à sua procura ao Google). Agora passando a outro tipo de questões, este mais académico, o que é literatura séria?
Até o Google tem dificuldade em encontrar respostas, sendo a que mais se aproxima é ali o último link, que com muito gosto visitei. Ali encontrei uma citação maravilhosa que passo a transcrever:
“Ora, que futuro pode ter a forma de indagação e de expressão a que chamamos literatura num espaço comunicacional tomado por exércitos de entertainers empenhados em difundir a surdez, a poluição lexical e a desinteligência? Que a literatura teria um papel central em tão necessária despoluição da língua, parece ser inquestionável. Mas é mais do que evidente que a presente invisibilidade do escritor torna esse desígnio tão irrealista como o de purificar um Atlântico de fezes com dois cálices de cloro. Neste contexto, é inevitável perguntar: estará a literatura séria condenada à extinção por falta de leitores, perdida na torrente de trivialidade que inunda e monopoliza o espaço da atenção pública?”
José Miguel Silva, Divagações sobre o futuro da literatura numa era de ignorância programada e pré-apocalíptica, in CÃO CELESTE, Abril 2012
«O que é uma literatura séria? É como “no antigamente” em que existiam mulheres sérias e putas? E se assim é não convivem todas no bordel da fnac?»
Agora regressando ao NaNoWriMo, vou falar num tom sério. Este mês serve como um exercício e para muitos participantes é uma forma de se obrigarem a produzir algum texto, nem que seja apenas o outline. Também o concívio entre os participantes é estimulado de forma a que não seja algo vivido em isolamento. Se quer saber o quão bom é morrer durante 30 dias, junte-se a nós que temos cupcakes, póneis, ninjas, chapéus estranhos e peluches e depois no fim escreva outra coisa para o P3 ;)
Cumprimentos Alexandra Rolo NaNoWriMo addicted since 2009
Muitos acham estranho o facto de eu colocar no meu blog imagens de mulheres em lingerie. Outros acham que uma mulher não deve fazê-lo e outros ainda acham que vai contra os princípios religiosos...
Eu acho que as pessoas devem ser menos cínicas e fingidas. As mulheres gostam de se sentir especiais mas têm a mania de que tem de ser apenas em ocasiões especiais. Eu acho que se uma mulher gosta de si e de sentir sexy deve borrifar-se para os homens e usar peças de que gosta todos os dias. Não há nada de interessante em usar o mesmo que todos os outros só porque está na moda. O que é bonito é vestir algo de que se gosta e estar à vontade assim e sentir-se confiante e bonita.