Uma leitura que levou o seu tempo. Não que o tempo fosse escasso mas porque assim o preferi. Sendo uma antologia de contos não quis misturar as histórias todas ao lê-las de empreitada e sendo do João Barreiros é melhor ler devagar ou ainda corria o risco de me perder algures. Antes de cada conto temos uma nota introdutória a explicar um pouco do que levou à escrita daquelas páginas. É engraçado ler estas notas e não consegui deixar de imaginar um mini Barreiros à minha frente a falar sobre as suas peripécias. É bom ler FC decente em português principalmente depois dos banhos de água fria que levei com algumas antologias. Barreiros habitou-nos a uma escrita interessante e repleta de um humor negro que lhe é natural.
esforçam-se por correr de um lado para o outro, braços erguidos ao alto, como frangos a fugirem do furão no galinheiro. (in: Fantascom, p.209)
Desde brinquedos que só querem brincar com criancinhas, a odisseias para encontrar e matar o Pai Natal, passando por um grupo de escritores que querem morrer e terminando em gatinhos maus... Podemos encontrar nesta antologia algo para todos os gostos ou então para nenhum. Precisava de uma revisão mas não é nada que atrapalhe a leitura ao ponto de arrancar cabelos.
Se procuram FC portuguesa então está aqui um bom exemplo que recomendo vivamente.
Em Fevereiro li um total de sete livros. - Hollowland - Hunger Games - Catching Fire
- Mockingjay - Slave to Sensation - Last Christmas I gave you my heart - Visions of Heat
Foi um mês mais atribulado por causa da defesa, depois vieram os dias de carnaval e o início do novo semestre. De momento estou a terminar o "Se Acordar antes de Morrer" de João Barreiros. Quanto aos posts no youtube... cinco postas de pescada que podem assistir aqui:
Esta tem de ser a exposição mais estranha / assustadora / alérgica a que já fui... Para começar não conseguia perceber se a estavam a montar/ desmontar ou se era mesmo assim. Ainda perguntei ao segurança e ele respondeu-me que no mês passado, quando lá tinha estado, já estava tudo assim. Ao percorrer o espaço percebe-se que afinal é mesmo suposto que o visitante entre num local meio inacabado (ou seja, partido, porque andaram a partir o chão e as paredes) que faz com que quem sofra de alergias comece imediatamente a coçar o nariz, espirrar, tossir e a esfregar os olhos que começaram a ficar húmidos. Sim... é a festa do pó (oh joy). Achei a ideia de "desconstruir" o espaço para nos mostrar as peças e os "interiores" bastante interessante. Pessoalmente não achei piada nenhuma nem às peças nem à quantidade absurda de pó que está no chão e paredes. Mas pronto, cada um com os seus gostos. Eu cá não me interessa ver camas. Gostei sim dos vários esboços que se podiam ver em algumas paredes (imagem à esquerda). Deixo-vos com uma foto que ilustra o espaço expositivo que podem visitar até 28 de Abril deste ano.
Fui no sábado passado ao MUDE - Museu do Design e da Moda em Lisboa para visitar as novas exposições temporárias. Uma delas era a Com esta voz me visto. Podemos ver vários vestidos de fadistas portuguesas como Amália (imagem de cima), Mariza e Carminho (imagem à esquerda). É um espaço amplo e de design simples que tem como objectivo destacar os vestidos, sendo uns mais bonitos que outros (d'oh). Nota-se uma predominância do típico preto a que nos habituámos e depois podemos ver modelos mais modernos e coloridos. Para quem gosta de moda e de fado é uma exposição a ver e que estará no museu até dia 31 de Março.
E a pessoa que comenta de forma doce as vestimentas dos outros anda assim:
Diria que é uma tentativa de juntar a camisola tricotada pela avó com um vestido que vemos no Resident Evil. Por cima temos então o clássico blusão de ganga que deve ficar bem com o carro que está do outro lado da rua e uma mala que se lhe bater o sol cega qualquer pessoa que esteja perto... Já agora deixo um grande obrigada à Cátia Domingues pelo seu lindo post que fez com que o meu nível de esperança subisse um pouco e que talvez um dia o mundo seja um sítio bonito e fofo sem pipocas que não servem para comer de forma alguma.
I must not fear. Fear is the mind-killer. Fear is the little-death that brings total obliteration. I will face my fear. I will permit it to pass over me and through me. And when it has gone past I will turn the inner eye to see its path. Where the fear has gone there will be nothing. Only I will remain
Se há coisa que pode causar estranheza é ver professores a ter vida pessoal. Quando conhecemos estas pessoas elas estão na sala de aula a ensinar-nos coisas, corrigir os nossos trabalhos, exames, etc. Depois encontramos estas pessoas a fazer compras, na fila do cinema, a usar o facebook... a usar o facebook! e imaginem: a colocar fotos de viagens! com... a família! E vocês? Como imaginam os vossos professores? Homens e mulheres que passam a vida de nariz nos livros a fazer investigação ou como pessoas "normais" que têm vida pessoal e gostam de fazer as mesmas coisas que nós?