Ser "fingidora"
Sim por incrível que pareça eu gosto da poesia do senhor, e este sim foi um grande senhor.
Mas voltando ao que interessa. Será que são só os poetas que fingem ser quem não são?
Quantos de nós não usam uma máscara todos os dias?
Fingir é uma arte (atenção que digo fingir e não mentir, porque isso não consigo). Arte esta que se entranha de tal modo que é difícil de perder.
E fingir o quê?
Fingir ser alguém que não somos.
Fingir que não nos interessamos por certos e determinados assuntos para sermos aceites pelos outros. Fingir acreditar em algo para não desiludir as nossas famílias.
Uma máscara pode se fundir com a nossa própria pele quando a usamos demasiado tempo?
Sim. Talvez seja como o Fantasma da Ópera que se esconde atrás de uma máscara para que os outros não vejam o seu verdadeiro ser.
Eu tenho uma máscara? Claro.
Mas todos nós chegamos a um limite. A máscara começa a estalar e aos poucos pedaços seus vão caindo e o verdadeiro ser de seu dono mostra-se e esse alguém liberta-se.
Eu sou eu e se alguém não gostar, o problema não é meu.
Tenho poucos amigos, mas esses são verdadeiramente AMIGOS. Sabem em que acredito, os meus projectos para o futuro e principalmente...quem sou.
Comecei por mostrar quem sou através da minha escrita, através de uma personagem a quem chamei Amy Neveu. Uma jovem mulher fria, mas ao mesmo tempo um doce de pessoa, uma mulher que tem tudo aquilo que quer e que não descansa enquanto não o conseguir, com objectivos para a sua vida,...
Cada vez mais vejo que aquela não era uma personagem e que não sou eu que estou a viver a vida dela. Eu sou aquela pessoa sobre quem escrevia e que tinha medo de mostrar.
Mudei. Sim eu mudei, admito. E mudei muito.
À pessoas que já nem reconhecem a minha maneira de ser. Estou mais forte e não me deixo abalar por coisas mínimas. Luto pelo que quero e ganho e simplesmente ignoro certas pessoas que não me querem bem.
A máscara caiu e sou quem sou, cansei-me de fingir.