Escadas rolantes
Quem faz a sua vida em Lisboa (trabalhar, estudar) usa o metro como meio de transporte preferencial. Eu não sei o que vocês acham, mas eu cá ganhei muitos cabelos brancos com estas viagens longas e tortuosas.
A primeira coisa que se faz é ligar o mp3, ou o telemóvel já que o outro aparelhito decidiu morrer e vai em breve ser sepultado com a minha mochila…Até lá ver se o telemóvel também dura porque o raio da bateria tá também com uma bela duração de 24horas (e sim…eu contei). Por vezes leio um livro, outras fico apenas a ver as coisas que se passam na carruagem. Por exemplo a velhinha beringela, como eu a apelidei, que tem o cabelo pintado de lilás. É brutal! A princípio pensava que era da luz mas afinal não a senhora tem mesmo o cabelo pintado.
Mas não é de velhinhas que venho aqui falar… é das escadas rolantes e não, eu não atirei nem preguei uma rasteira a uma velhinha numa escada rolante, ainda.
Quem como eu sobe e desce escadas todos os dias, várias vezes ao dia tende a não ter muita paciência para ficar a descer eternamente (subir não que dá mais trabalho e a mochila anda pesadita).
Normalmente existe uma regra silenciosa que encosta ao lado direito todos os que querem que a escada ande por eles e assim os “sem paciência - que querem apanhar o autocarro para casa sem ter de estar 15 ou 20 minutos à espera de outro” (moi) podem passar e descer a escada.
No entanto nem toda a gente conhece essa maravilhosa ideia de organização e alguns até acham que as escadas rolantes são o melhor sítio para fazer o aquecimento antes de chegar a casa (get a room ok?) e por isso lá ando eu aos ziguezagues nas escadas, algo não muito aconselhável mas sempre é melhor do que o tipo que desde a escada que vai a subir só porque o autocarro dele sai dois minutos antes do meu.
Por isso fica aqui um pedido a todos os utilizadores de escadas rolantes, por favor.. deixem-me passar.