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Folha em Branco

Folha em Branco

Sex | 28.01.11

Religião porta a porta

Tocaram à campaínha e eu peguei no intercomunicador:

 

- Quem é?

- Boa tarde. Estou aqui com a minha colega para lhe trazer a novidade de um novo mundo que Jeová anunciou através da Bíblia.

- Ai é? Olhe eu tenho uma na minha secretária (entretanto a senhora começou-se a rir) se quiser aprender alguma coisa basta-me lê-la. Por isso não me incomode.

 

E poof acabou ali a conversa.

Não suporto que venham à minha porta chatear-me com Jesus e Deus ou Jeová e respectivos apêndices. Eu sei onde é a Igreja caso queira ir à missa e tenho uma Bíblia em casa não preciso que me venham ensinar.

Ainda assim admiro a coragem desta gente que anda na rua com um frio destes a habilitar-se a levar respostas ainda piores que as minhas (sim, da última vez disse que era satânica e isso sim foi lindo)... enfim... quando Deus distribuiu a inteligência elas deviam estar a dormir profundamente...

Qui | 27.01.11

Ferrari

Sabia que tinha de parar, tudo à minha volta parecia estar desfocado. Ouvia o que pareciam ser buzinas.

Sabia que tinha de parar, mas precisava de continuar, parar seria difícil, se não mesmo impossível, virei à direita.

As vozes gritavam atrás de mim em desespero, mas sabia que não conseguia parar. Virei à esquerda e parei quando cheguei ao muro.

Um ferrari sem travões não é fácil de parar...

 

in: http://calexandrarolo.wordpress.com/2011/01/27/ferrari/

Seg | 24.01.11

Lyonce Viiktórya

 

Todos sabemos que existem muitas pessoas com azar durante vida, têm um acidente de carro, perdem olhos, são assaltadas,... mas agora todas elas devem pensar na sorte que têm por não serem filhos deste par de jarras.

 

Como se não fosse azar suficiente ser filha de pessoas com sorrisos de quem está um bocadinho aflito para ir à casa de banho tem de passar pelo sofrimento de demorar cinco vezes mais do que uma criança normal, a aprender a escrever o próprio nome.

Com tanto nome bonito para dar a uma criança que ainda por cima tem a sorte de ter um pai com nacionalidade estrangeira (o que dá a possibilidade de registar com um nome diferente) ficou registada como Lyonce Viiktórya.

A pobre miúda que ainda nem chorar sabe já tem um site que lhe é dedicado bem como uma música.

No Lyoncifica o teu nome podemos ter o nosso nome transformado para ficar tão bonito como aquelas duas coisas pessoas da  foto.

Eu já experimentei e o meu nome ficou engraçado: Alexandra Once Rukanilava, tiramos o nome do meio e parece russo.

A música promete ser o próximo hit de Verão tendo como título Nome da Criança e tem já mais fãs do que a do pai da criança.

 

Agora só nos resta  esperar 18 anos para ver a Lyonce Viiktórya (e sim tive de fazer copy paste do nome porque faltava-me sempre uma letra qualquer) a processar os pais por terem tamanha falta de inteligência gosto ou então a pedir a emancipação algures entre os 14 e os 16 por ter demasiada vergonha por ser vista com tais seres vivos.

 

Força Lyonce Viiktórya tens o nosso apoio, estamos solidários contigo.

Dom | 23.01.11

Urnas para as votações

Acordei, tomei duche, sai de casa e votei.

Almocei fora e feliz pois tinha cumprido o dever que tenho de votar.

Voltei a casa e liguei a televisão e não vi qualquer mudança. Teria mesmo existido votações? Devia ser impressão minha, mas vejo melhor e sim, tinha mesmo ido às urnas. Urnas... que palavra tão adequada para a situação que se vive... as urnas usam-se em enterros... que irónico não é?

Como era possível que o país que fez greves, o país que exigia mudança e via com bons olhos as eleições para poder mudar, preferiu ficar na mesma?

Já sei, usou a palavra urna à letra...

Uma vez vi num filme uma legenda que dizia: "É preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma."

Mas será que alguma coisa mudou? Sim a minha indignação. Não para com os políticos, mas para com os portugueses. Aqueles de quem tanto os políticos falam, aqueles que têm de fazer sacrifícios. Quero ver agora quem terá a coragem de se queixar, quando em vez de ir votar decidiu ficar em casa ou ir ao shopping...

Agora nada mais resta se não esperar e ver... quem sabe alguma coisa muda?

Dom | 23.01.11

João Piedade e o Filho de Odin

 

Ora como anunciado na noite passada via facebook fica aqui hoje um pequeno post sobre o autor do livro "O Filho de Odin".

 

Na noite passada tive o prazer de falar com o João Piedade, 21 anos e estudante. Digo prazer porque foi de facto interessante falar com ele. Atencioso perguntou de imediato se precisava de alguma coisa. Fui fazendo perguntas e ele foi respondendo. Eventualmente lembrei-me de escrever sobre ele aqui e como não disse que não aqui estou eu (como se eu fosse deixar de escrever o texto).

Ele escreveu o primeiro livro do Odin aos 14 anos, mas apenas o conseguiu publicar aos 18 (o que evidentemente mostra que não foi com cunhas), no entanto nem aos 18 este jovem tinha a noção de que o seu livro não tinha qualidade alguma, e mesmo depois de ter essa noção avançou para um segundo e não tarda muito vamos ver um terceiro.

Parece que não levou a mal as minhas perguntas/críticas, mas ao mesmo tempo acho que ele não acha muita piada a que outros escritores (amadores/não publicados) o façam e acha mesmo que eles se deviam dedicar a algo mais produtivo do que estar a criticar alguém (aparentemente um monte de frustrados que não convivem bem com o sucesso de alguém).

Há também a possibilidade de haver uma segunda versão dos Odins já publicados, afinal de contas fizeram o mesmo com o Full Metal Alchemist (e não ele NÃO estava a comparar os dois).

Como ele diz "practice makes perfect" e deve andar a praticar com o Odin que na minha opinião era já enterrado e feito o funeral com o segundo livro, pois se os "fãs" não gostam do primeiro e abominam o segundo não costuma ser boa ideia continuar a encher as prateleiras com os livros que agora se encontram nas bancas das promoções do continente ao lado do "Faça você mesmo" ou "Aventuras do Winnie de Poh".

Mas vamos lá esperar pelo lançamento do livro deste já mais maduro escritor. E que sabe até pode ser que à terceira seja de vez...

 

Eu cá recuso-me a comprar um livro onde na contracapa podemos ler os "props" de gente famosa e não uma bela de uma sinopse, que é o que normalmente figura em qualquer bom livro.

 

 

Ora agora não vamos esquecer que estes foruns (mencionados em cima) onde os livros são discutidos são uma plataforma de vendas, se existem 50 comentários negativos as pessoas vão pensar duas vezes antes de comprar. Eu depois de uma breve leitura achei que o meu dinheiro seria melhor gasto com o "Orbias" ou com o "O Novo Membro" (que estão na minha lista de compras).

 

Fui dar uma segunda volta pelo Google à procura de algumas opiniões de pessoas que tenham lido o livro e encontrei um conjunto muito interessante fora do bbde e do PtC. No Die Otelo Pruzident podem ler comentários como estes:

 

  1. Eu escrevo desde nova. Muitas pessoas diziam-me que tinha talento, e e insistiam para que publicasse alguma das minhas histórias. Mas, porque tinha consciência de que os meus livros ainda não eram bons o suficiente para o fazer, recusei sempre.
    Hoje, quando leio as coisas que escrevia, não sei se hei-de rir ou de chorar. (...)
    Agora, com dezoito anos, as minhas histórias são muito melhores, e penso seriamente em publicar algumas.
    Acho que esse foi o grande erro do João: ele não soube avaliar o seu próprio trabalho, e expôs-se cedo demais.
    Ele leu e viu uma série de coisas que achou engraçadas, e tentou juntar tudo num livro seu.
    Acho que, para um rapaz de quinze anos, ele até escreve bem... O que quero dizer, é que a técnica não é má, o conteúdo é que é péssimo.
    Relativamente à técnica, acho que o João tem de aprender a trabalhar o tempo, para que não aconteça tudo demasiado depressa, usar um vocabulário mais vasto e escrever com mais cuidado as descrições.
    Quanto ao conteúdo... Acho que, antes de mais nada, tem de escrever ideias dele. Também era bom que os personagens fossem mais originais.
    E, pessoalmente... o João devia ser mais modesto. Isso iria ajudá-lo a avaliar melhor o seu trabalho.
  2. Existem livros que nos fazem rir, outros que nos fazem chorar. Bem, João Piedade dá-nos tudo isso em metade das páginas que autores menos hábeis utilizam. Eu ri-me perdidamente a ler este livro (juro, expressões como "gritou tão alto que até o vidro de uma janela se rachou" fizeram-me deitar litros de leite pelo nariz), eu ria-me na introdução, nas partes divertidas, nas partes tristes e nas outras pelo meio. Eu ri-me durante um par de horas depois de acabar o livro e dois anos depois ainda sorrio. Mas com este livro eu também chorei; pelo abate das árvores, pelo dinheiro gasto, pelos frequentadores de livrarias incautos, que não sabem o que lhes espera.
    João Zuzarte Piedade têm um talento mas precisa de aprender a usá-lo: ele podia fazer as massas rir sem gastar papel nem dinheiro. Ele podia apenas começar um blog para as suas histórias e todos os padrinhos, amigos e primos actores podiam dizer bem dele nos comentários e até ler o livro para pelo menos dessa vez saberem do que estão a falar. A sério, eu não me importava nada.
  3. Boa tarde Caros leitores...
    Voltei com boas novas, este Natal adivinhei o que recebi? Sim...o Filho de Odin 2...:)Pensei logo..."A pessoa que me ofereceu não deve gostar de mim"...Pensei depois..." Talvez o Zuzartezito Strongheart já tivesse aprendido a criar algo que não fosse tão repugnante" e Caros Amigos...ainda so li a Nota de Autor e já vi que ele está não igual ou melhor, mas sim PIOR...Arrogante e pensa que tudo o que conseguiu foi por merito proprio...se querem ter raiva de alguém...porfavor...Leiam A NOTA Do AUTOR...Vou ler o Livro...Sim...não tenho medo de dizer...Eu vou ler...Adoro Leitura de Casa de Banho...se é que me compreendem...depois de o ler vou voltar para resumir o livro...
    Meus caros Amigos...não sou escritor...nem quero ser...mas tenho pena dos que querem e que por não terem DINHEIRO ou uns PADRINHOS famosos não conseguem lançar LIVROS a SERIO que estão dentro da alma desses escritores e cheio de vontade para sair para o nosso mundo...
    Grandes Cumprimentos a Todos
  4. não desculpa... mas até eu faço melhor que aquilo. Ele parecia uma criança de 8 anos a escrever uma composição para a escola. Até há uma parte do livro onde jonathan está a voar em cima de arthos( o grifo ) ... vou repetir o que diz lá:
    Este levantou voo e rasgou o céu a voar a toda a velocidade. Voava tão depressa que, se Jonathan abrisse os olhos, começava a lacrimejar.
    - Isto é fantástico, como é que consegues voar tão depressa?
    - Comi feijoada ao almoço, daí a força que vem lá de trás!!!!! OMG!!!
  5. Para quem não encontra o livro o não tem paciência para o ler, eis um resumo (partes do autor entre aspas):
    "Estamos no século 19, em 1862, [...] uma espécie de celebração satânica, está a realizar-se. Como resultado das preces dos discípulos do Caos, ergue-se um antigo e negro castelo romeno para fazer regressart o Senhor das Trevas." 
    Os acólitos e uma espécie de padre demoníaco entram no castelo, e cantam para acordar Drácula (entre eles estão "5 banshees [Homo Fata Maeora]"). Após o 'padre' (chamado Kalthazad) ter implorado a presença do sofrimento, sai Drácula do seu caixão. Aparece um paladino para o matar, mas Drácula hipnotiza-o e o paladino torna-se também malvado. 
    Drácula então conquista rapidamente a zona em redor à Roménia (excepto a Grécia graças ao Olimpo e seus Deuses).
    Em Portugal, Jonathan Strongheart está a tomar o TRADICIONAL chá das cinco, enquanto o pai lê o TIMES (tudo muito tuga, começando pelo nome).
    Essa noite, ele recebe uma visita nos seus sonhos de um viking zarolho com um corvo em cada ombro, que lhe diz: "Vidar, meu filho!" (Se não souberem quem é o gajo ainda basta ler o título).
    ELe vai ter com o pai e fala-lhe do sonho e o pai diz que sonhou com o mesmo gajo e que devia de partir pois era o 'escolhido'.
    Visto que era 1862, Jonathan apanha um comboio. Pára na primeira estação e encontra uma caverna. Lá dentro ele vê uma estátua do gajo que lhe apareceu nos sonhos. Então ele ouve uma voz que lhe diz para a tocar, e ele decide tocar-lhe. Jonathan é então transportado para um baile de festas, onde encontra o 'homem-dos-sonhos'.
    Jonathan descobre então que é o filho do rei dos Deuses nórdicos e, após um "slide-show" que a sua missão é derrotar Drácula. FIM (do primeiro capítulo)

 

No entanto existem comentários simpáticos e de apoio. Assim um por cada cinquenta negativos, o que não me parece uma boa média.

 

No site Goodreads o livro está cotado com uma estrela e meia (o máximo é cinco) o que mais uma vez ilustra as opiniões acima transcritas.

O fórum BBDE também tem um separador de debate sobre o livro. Já no Portugal Creative parece que ninguém leu o livro ou já lá estaria de certeza absoluta e se ainda ninguém o leu é por alguma razão já que 90% dos utilizadores são leitores compulsivos que levam os pais à loucura com as constantes encomendas de livros a chegar a casa.

 

Ainda assim foi uma conversa agradável que terminou sem um "adeus", talvez ele não tenha achado muita piada às minhas críticas, enfim. Quem me conhece sabe bem que faço o mesmo com autores conhecidos, limito-me apenas a dar a minha mais sincera opinião...

Sex | 21.01.11

Escrever uma tese...

O terror... o pesadelo de qualquer mestrando ou doutorando... a TESE! E como já comecei a trabalhar na minha deixo-vos aqui os meus desabafos...

 

 

Porque é que se demora dias a escrever uma página na tese? porque 2/3 do tempo sao passados com uma lupa na mão a ler a biblia à procura das coisas para fundamentar a coisa -.-'
mas deus tinha assim tanto para dizer que precisava de um tijolo destes?????

 

 

E sim queridos amigos ateus eu uso o tijolo com histórias para dormir (como vocês lhe chamam) para fundamentar partes da minha tese e SIM é válido...

Qui | 20.01.11

A Mão Esquerda de Deus

Untitled-5.png

 a-mão-esquerda-de-Deus.jpgAcabei esta madrugada de ler "A Mão Esquerda de Deus" de Paul Hoffman, o primeiro de uma trilogia que deixa muito a desejar.Achei o livro muito parado mas ainda assim fico à espera do segundo, pode ser que seja melhor.Aqui podemos ver a história de um rapaz que é criado desde pequeno num santuário que nada tem a ver com os que normalmente imaginamos e/ou conhecemos. O pecado leva-nos ao inferno e temos de nos purificar o mais possível.Uma das coisas mais importantes que aqui se aprende é a ganhar uma luta em três segundos.Vemos a vida destes jovens pelos olhos de um assassino frio e cruel que conhece pela primeira vez na vida o significado de desejo, paixão e amizade, pelas mãos de uma das ajudantes do demónio (uma mulher).A história é boa, mas ainda não sou fã, como já disse, vou esperar pelo próximo livro.

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