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Folha em Branco

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Qua | 27.04.11

O Pesadelo da Donzela

 

Sou uma leitora compulsiva de livros, principalmente do género fantástico mas infelizmente são muitos os enganos que por aí andam, mas este é de facto aquilo a que podemos chamar um desperdício ao abate de árvores.

 

Diana Tavares dá-nos a conhecer no seu primeiro livro, um novo mundo em muito baseado na mitologia grega das horae.
Uma miúda de 14 anos chamada Hana, filha de uma senhora que se chama Dana, torna-se amiga de Prudence (Prue) que se apaixona por outro rapaz e fica corada cada vez que o vê. Tem monstros maus e feios que metem medo. Muita acção, mistério, aventura, amor, sensualidade. Ou pelo menos é isto que as páginas aparentam ter.
O facto de numa página A5, Hana estar escrito 15 vezes (um total de 248 em 36 páginas) pode ser um bocado atrofiante. Isto juntamente com repetições exageradas, diálogos mal escritos, frases muito compridas ou muito curtas, uma má construção de frases e um português pior do que useria de esperar de uma aluna universitária, conseguem complicar a leitura de qualquer pessoa habituada a ler coisas bem construídas.

 

Como já disse em várias ocasiões, a ideia está lá e até é boa, o problema é de facto a execução da coisa, juntamente com uma péssima edição, que pelos vistos não foi mais do que umas palminhas porque “ai que fofo escreveu um livro”.

Além de tudo isto noto uma recusa em aceitar críticas e uma felicidade em ver apenas o trabalho mencionado em vários blogs que nada comentam ou criticam. Estas referências têm apenas informações genéricas que facilmente retiram do site da EuEdito sem ter de tocar ou ler o dito.

Digo isto porque duas pessoas que lhe fizeram críticas foram, por pura coincidência, retiradas da lista de contactos do facebook e tive conhecimento de uma terceira que não viu o seu comentário publicado pela autora que continua a encher um blog de posts com links de blogs que falam do seu pequeno molho de papel.

 

Uma pergunta que não me sai da cabeça é o “como?”. Como é que é possível que tal coisa esteja à venda numa fnac? Não existe ninguém que lê este tipo de textos antes de aceitar colocá-los à venda? Pensava que existia um controlo de qualidade, ou será um controlo especial? Talvez não vá saber a resposta a esta questão mas enfim…

 

Concluindo… a leitura daquilo que poderia ser um bom livro, se estivesse bem escrito, é penosa e dolorosa porque não consigo abstrair-me dos constantes erros.

 

Em relação à autora, Diana Tavares, devo dizer que é uma rapariga muito simpática e nas suas “intrevistas” promete trazer-nos mais trabalhos e um segundo volume da Donzela Sagrada este Inverno. Este é a continuação do primeiro e já está a ser revisto.

Além da Donzela, Diana tem também um livro infantil à venda na EuEdito, intitulado "A Herdeira de Fat-Shan".

 

Entretanto, fico à espera de ler uma crítica positiva acerca da escrita desta jovem…